A semana passada descobri que uma Colega com quem trabalho diariamente acabava hoje a sua carreira.
Gosto de trabalhar com ela porque é daquelas pessoas que não vê problemas, mas sim desafios à espera que se lhes encontre a solução. Vai para casa, para a reforma, a seguir a uma carreira de 40 anos! Vai meio por opção, meio por força, mas não sai triste, sai a pensar que foi uma aprendizagem e que lhe espera outra etapa.
Hoje quando li o e-mail de despedida para as pessoas que fizeram parte do caminho dela na empresa decobri que ela não é do Reino Unido, mas sim do Sul de África. Fiquei impressionada que isso nunca tivesse vindo ao de cima, nem tão pouco quando falavamos do facto de eu estar tão longe de Portugal.
Nunca o mencionou!
Hoje quando lhe disse que havia ficado surpreendida, ela disse, que sim, que havia ido para o Reino Unido há 40 anos atrás. Quando lhe perguntei se ia voltar, ela disse que não, que agora só ía lá de visita, férias e de vez em quando.
Ao ouvir isto, comecei a pensar, será que também eu vou pensar assim?
Quando chegar à idade da reforma estão os meus filhos a ter filhos e eu também não me vou querer afastar, não vou querer voltar à minha Terra. (Isto se eu puder sequer me reformar, porque o caminho que isto toma, vou ter que trabalhar até morrer.)
Fiquei com medo que daqui a 10/20/30 anos também eu já não pense em voltar.
Porque eu agora ainda penso que volto, sim porque eu ainda sinto que os meus pés estão por lá e não aqui.
"A ver vamos!!", como tão bem se diz em português!
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