Tuesday, February 7, 2012

Li, leio, lendo e irei ler!

Não interessa em quantas línguas consiga falar, ler ou escrever, ler a mim só me sabe bem em português..

Sempre que leio um livro seja ele auto-biográfico, romance histórico, romance de qualquer género, poesia, histórias infantis, que hoje em dia estão muito no meu cardápio, ou até mesmo, um daqueles "Faça você próprio" entro em transe..

Assim que viro para a segunda/quinta página já a minha imaginação levantou voo, começo a imaginar o que vai acontecer a seguir, as consequências daquela acção, como eu agiria, coloco os deves e uns não deves, chego aos "como eu te entendo", sonho como gostaria que fosse assim comigo, praguejo como foste capaz de te trair, chego mesmo a criar um mundo de oportunidades e de listas de coisas que quero fazer antes de morrer..

Quando leio um livro normalmente gera-se na minha mente várias cenas cinematográficas, que ficam gravadas em mim por muito tempo, algumas para sempre, e tal qual como às vezes ficamos agarrados ao ecrã, sem ouvirmos nada à nossa volta, assim fico eu quando estou a ler..

Sobretudo se o livro é mesmo, mas mesmo bom.. Nunca atendo à critica, a minha escolha de livros é e sempre foi muito aleatória, porque eu sou assim, gosto de conhecer coisas novas, mesmo que não tenham nada a ver comigo, gosto de partir à descoberta de mundos novos, apesar de nunca me quedar por lá durante muito tempo.

Os livros sempre foram, desde muito cedo, o meu refúgio, o meu ponto de abrigo.

Acho que os meus Pais descobriram isso, muito antes de eu saber que ia precisar de tal tipo de refúgios.
Por diversos anos, as minhas prendas de Natal eram apenas livros, e eu sempre achei que bom, mas que eram poucos. A minha Mãe sempre me levou à Feira do Livro, não recusando os meus mais diversos pedidos, nem mesmo quando achava que aquele livro não devia ser muito apropriado para a minha idade. Nos dias em que não tinhamos aulas à tarde, em vez de ir passear com as amigas, preferia apanhar o barco para Lisboa e ir almoçar com o meu Pai na baixa, para depois passar a tarde na Bretrand em busca do próximo..

Ai, como eu gosto de ler!
Mas ler só me sabe, verdadeiramente bem, em Português!
Talvez porque a minha mente se acomodou, talvez porque os meus olhos fazem chegar as letras mais depressa ao meu cérebro.. Não sei, não sei mesmo!

É claro que o stock de livros que tenho em casa por ler, escritos/traduzidos para português ainda é relativamente suficiente, mas eis uma das coisas que tenho saudades.

Tenho saudades de passear pelas minhas livrarias favoritas, de ver as novidades, de falar com alguns dos livreiros que me alertavam "sabe aquele livro que procurava, já chegou", "temos ali umas quantas promoções, acho que vai gostar", de passear naquelas livrarias excentricas com autênticas reliquias de autores totalmente desconhecidos mas cujas palavras me chegam ao coração..

Mas como eu fuji do que aqui me trouxe hoje, queria contar como para levantar uns livros que encomendei pela Amazon, tive que ir ao posto de correios do meu bairro, para me darem um papel a entregar na central de correios da cidade/país, onde passei por, pelo menos 5 guichets, entrei no armazém central, e paguei taxas que nunca tinha ouvido falar..


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