Friday, September 28, 2012

In the meanwhile...

In the meanwhile I'll finish reading my Elif Shafak's book:


The Critics aren't far from the truth:

"An astonishingly rich and lively story of an Istanbul family... Handled with an enchantigly light touch.", Kirkus Reviews
"Wonderfully magical, incredible, breathtaking... Will have you gasping with disbelief in the last few pages.",
Sunday Express
"A beautiful book, the finest I have read about Turkey"
Irish Times
"Engrossing", Daily Telegraph
"Shafak's writing is seductive; each chapter of her novel is named for a food, and the warmth of the Turkish kitchen lies at the center of its wide-ranging plot."
Jennifer Gerson, Elle
"Quite an exceptional literary feast."
Ariel Dorfman
"Beautifully imagined..... It is Shafak's vibrant language that drives the characters."
Chicago Tribune
"In a better world, Turkish writer Elif Shafak would get more attention for her zesty, imaginative writing and less for the controversy politics stir up. A lively look at conteporary Istanbul and family through the eye sof two young women, one Turkish and one Armenian American."
USA Today

I would just add that if you know a little of the Turkish cuisine, you will definitely feel the smells and the desire to eat every single dish the Kazanci women serve on that dinner table.


Men Are from Mars, Women Are from Venus

A friend of mine is currently reading the famous book, "Men Are from Mars, Women Are from Venus: The Classic Guide to Understanding the Opposite Sex", by John Gray.

According to Amazon's description, you will:
"Rediscover the most famous relationship book ever published. Once upon a time Martians and Venusians met, fell in love, and had happy relationships together because they respected and accepted their differences. Then they came to Earth and amnesia set in: they forgot they were from different planets."

I'm wondering if I should or should not give it a try.
Normally I do not read "self-help" or "guides to improve ...", but I'm thinking if it would or not help me to live better and more peacefully with the differences among us.

My friend says it's a funny book, that she recalls occurences in her daily life with her husband when she reads the experiences from other couples and enjoys checking his and her perspectives of what happened.

But if the book is on the right track, it also means that it's not only the men that are all alike, but also the women, which would destroy our evergreen confort sentence to a girlfriend when a man acts like a jerk, "men are all alike", wouldn't it?!

Maybe out of curiosity and because one can never know, I should give it a try.

(Thinking though!! The right book for me should be: "Men who are from Bulgaria, Women who are from Portugal")

Thursday, September 27, 2012

Devaneios: Outros Mundos!

Lembro-me duma noite de Outono, chegar a casa do trabalho e comunicar aos meus pais de forma abrupta que ia viver para a Andorra.
Assim vindo do nada, ía emigrar!
Não me lembro porque escolhi Andorra, só me lembro que esse era o meu primeiro destino e que não tinha absolutamente nada planeado.

Subi as escadas e a chorar, comecei a fazer as malas.
Não tinha a mais pequena ideia do que pôr na mala, só sabia que o meu carro (um peugeot 206) ía comigo para onde eu fosse, esse não ía ficar para trás.
Com  vinte e poucos anos sem saber o que fazer da minha vida, só tinha uma certeza que tinha de fugir daquele mundo que me rodeava, do trabalho, da minha família e sobretudo dos Homens que me fustigavam o coração.

O grande motivo, por detrás da minha decisão, foram os Homens.
Os Homens por quem, na altura, me sentira loucamente apaixonada, um em especial, com um outro ainda presente, mas sempre muito longe.
Não aguentava a força do tsunami de emoções que me avassalava e decidi que o melhor era fugir para um sitio longe de todos, daqueles que me amavam, daqueles que eu amava e daqueles que não me suportavam e fingiam gostar de mim.

Estava cansada de tentar viver à altura duma vida que nunca quis que fosse minha.

Lembro-me que os meus pais ficaram a chorar, em estado de choque, mas que uma hora depois do comunicado, falei com alguém que me disse para esperar mais um pouco. E eu acabei por esperar e não fui a lado nenhum.

Os meus pais perturbaram-se, pensaram trinta mil coisas, que eu devia andar na má vida, que estava a passar por mais uma fase. Durante as semanas que se seguiram tentaram manter um ambiente calmo em casa para evitar novas sessões ou ideias.

Mal sabendo que anos mais tarde estariam de facto, num aeroporto, a dizer-me Adeus, pois havia decidido partir para uma terra e vida totalmente novas, só que desta vez apoiaram-me, tristes mas mostrando que estavam comigo. (mais uma vez a partida deveu-se a um Homem, só que desta vez ao da minha vida)

Quando parti, os meus amigos ficaram todos por lá, ainda as coisas não estavam tão más como agora. Acontece que entretanto muitos partiram, uns por amor, outros por terem oportunidades únicas noutros sítios e uns à procura de sorte, a qual o nosso país não parece bafejar ninguém.

Hoje, ganhei noção que não é só de Portugal que se foge, também se parte daqui, também daqui se parte à procura de melhor,

Eu sempre senti o desejo de partir, de correr o Mundo, de viver noutros sítios, mas confesso que não me imaginei partir do meu país, para me vir enfiar noutro, do qual não pareço sair ou vir a sair.

Sei que a minha vida mudou, que estás prestes a mudar, que daqui a alguns anos as coisas vão ser diferentes (com as crianças mais velhas). Ainda assim, quando vejo os outros partirem para destinos e mundos que tanto me atraem, não consigo deixar de sentir uma certa pena de eu não partir com eles.

Já conheci dois portugueses, um que viveu aqui 3 anos e que agora partiu com a família para o Reino Unido, e um outro que viveu aqui mais ou menos 6 anos e está prestes a partir para um destino mais exótico (confesso achar o destino perfeito). Conheci ainda outros estrangeiros que ficaram por aqui alguns anos, mas que acabaram por partir para outros sítios.

Eu vim para aqui por um motivo, mais do que suficiente, mais do que especifico, mas não consigo sentir que queira viver aqui até morrer. Essa ideia assusta-me, a de ficar aqui até ser velha, velha de mais.

Confesso que sonho, sonho muito com outros mundos que não este, que não Portugal.

Destinos de eleição neste momento seriam:
Brasil e Austrália
Aqui acho que viveria um pouco melhor com a cultura, com os hábitos e é claro com o clima.

Mas sinto que este sonho, este desejo é só Meu! Eu e Ele nem sempre partilhamos dos mesmos sonhos, mas talvez aqueles que partilhamos, aqueles que temos em comum, sejam os que de facto interessam..

Tuesday, September 25, 2012

Детски панаир - Feira para Crianças


Este fim de semana houve uma feira para crianças, no centro de Sofia. Apesar de se chamar feira, não teve carrinhos de choque, montanhas russas ou qualquer carróssel.
Tratou-se de uma feira cujo tema central foram as artes e a criatividade.

Montaram, por todo o lado, diversas tendas, onde as crianças podiam aprender a fazer flores de papel, velas de cera, bonecos de tecido ou a usar meias para criar monstrozinhos.
Para além de que podiam ainda dedicar-se a experiências cientificas com as coisas do dia-a-dia, ou então experimentar tocar diferentes instrumentos musicais.
Mas não se ficaram por aí, criaram ainda um peddy paper para crianças e pais, fazerem a qualquer hora e colocaram um camião dos bombeiros aberto para curiosos o visitarem (era ver os pais na fila com mais ansiedade que os filhos).

A Maria não pôde fazer nenhuma destas actividades, mas teve direito a que lhe pintassem a mão com henna. Andou meia hora com a mão esticada para poder mostrar a pequena flôr (é mais menina do que eu alguma vez fui).

Mas o topo do "nosso" evento foi quando chegamos junto do Palco, onde as crianças dançavam como quisessem ao som da música que o DJ lá ía escolhendo.

Os primeiros dois minutos da Maria, no palco, foram passados a observar e a observar.
Até que os ouvidos dela despertaram para o som da música, momento em que o rabinho, as pernas, a cintura e os bracinhos começaram a abanar freneticamente, em pura euforia (doida por festa, está-lhe nas veias, adoro um bom forró-ba-dó, mesmo que seja foleiro).
De seguida umas meninas mais velhas aperceberam-se da Maria e de imediato vieram ter com ela, seguraram-lhe nas mãos e fizeram uma roda. Era ver a Maria sorrir, com um sorriso de felicidade e alegria (que me fez sentir babadérrima).

Foi assim que dançou, dançou e apesar de não se saber baixar e levantar como as outras meninas que já sabiam as músicas, lá as tentou acompanhar de forma muito trapalhona.

Até que vindo do nada, veio um rapazinho ter com ela, tirou-a da roda e disse:
"Anda vamos dançar, só tu e eu!"
Quando as outras meninas tentaram dar-lhes as mãos, ele afastou-as e disse, "não só eu e ela"

Nem dois aninhos têm e já é super requisitada!
Vou ter muito trabalho com a minha Maria, ai vou, vou! :)

Friday, September 21, 2012

Аламинут - Alaminut


Next Sunday, I'll be meeting the people behind the scenes!
Let's see what happens!

Thursday, September 20, 2012

If I ever have to give up to the touchscreen world...


If I ever have to give up to the touchscreen world this will be how I definitely will do it...
(Confession: I'm a bit scared of the "new world" technology)

Wednesday, September 19, 2012

Azia e Cabelos

Quando estava grávida da Maria, nos últimos 3 meses, passava mais de metade do dia com azia.
Uma sensação constante de um fogo a subir pelo esôfago até à boca, sendo que nada ajudava, nem pão, nem água, nada.

A minha Avó que tem 80 anos, passou o tempo a dizer, "A menina vai ter muito cabelo, vais ver isso, é por causa do cabelo".

Conversas, mas verdade seja dita que a Maria nasceu com bastante cabelinho (e até me lembro que numa das ecos parecia que conseguiamos ver o cabelo).

Desta vez tenho azia, desde o quinto mês, acordo pela manhã a sinta-la e deito-me com ela, só não a sinto durante a noite e apenas quando estou a dormir, de resto é constante e forte, não é um fogo, é um incêndio de chamas.

Se a minha querida avó têm razão, o meu menino vai nascer cabeludo, com resmas e resmas de cabelo.
Só espero que seja cheio de caracóis, como o Pai.

(Ainda hoje não gosto, quando as amigas lhe passam a mão pela cabeça, para lhe sentir os caracóis, mas que posso eu fazer, são irresistiveis)

Monday, September 17, 2012

Primeiro Dia de Escola (първия учебен ден)

Há três anos que vivo na Bulgária!
Há três anos que ouço o entusiasmo, as vibrações e as músicas do primeiro dia de escola!

Que ouço e assisto da minha janela à cerimónia oficial. É deveras uma verdadeira cerimónia, não é apenas chegar, deixar os miúdos na escola, beijinhos e boa sorte, é também o momento para discursos de votos de sucesso, de bem vindos para os estreantes, de cantarem, dançarem e é claro comerem. Aulas não sei se as há!

Mas fico sempre arrepiada quando a determinado momento da cerimónia, professores, pais, alunos e amigos cantam em uníssono o hino da Bulgária, um hino dedicado ao que têm de bom e ao que devem preservar!

Eu andei em escolas públicas, a minha vida inteira, nada de colégios especiais ou outros que tais, e não me lembro de cantar o hino no primeiro dia de aulas, ou noutra data de especial, lembro-me que o tinhamos de estudar, mas apenas porque era suposto sabermos-o e não porque o tivessemos de cantar.

Acho que devíamos recuperar este hábito, o de cantar o hino!

Outono



Está a chover e o frio chegou com a chuva.
Cá por casa já andamos todos de pantufas, fatos de treino e pijamas compridos.
Mais uns dias e toca a pôr os edredons nas cobertas!

O fim de semana foi passado em casa, na cozinha entre leites de chocolate, farinha, ovos e açúcar. Tornamo-nos fãs da receita de queques que encontrei, pelo menos Eu e a Maria, porque o Pai devorou foi o salame de chocolate!

Por aqui não se saltam as estações do Ano e o Outono chegou em força!

Bem-vindo! (Mas por favor não tragas já o Inverno!)

Sunday, September 16, 2012

Azeite


À conversa com o meu Vizinho italiano, descobrimos que nos seus tempos livres o mesmo dedica-se à produção de azeite, lá pelas terras da Toscânia.

Diz que não faz dinheiro disso, consegue apenas cobrir os custos, mas que lhe dá um gozo imenso.
O azeite é só para ele, para a família, amigos e ocasionalmente vizinhos.

Ofereceu-nos então esta pequena garrafinha de azeite, que é deveras uma delícia, sabe a azeite verdadeiro, daquele que se tira a rolha e fica tudo a cheirar a azeite, um pouco picante, mesmo bom para molhar o pão.

Que saudades do azeite que o meu pai comprava todos os anos na terra, tinhamos azeite do bom todo o ano, com direito a assistirmos à sua produção e tudo!

Há três anos que só consumo azeite industrial de prateleira, compro-o caro, mas não deixa de ser industrial, ora grego, ora italiano, mas nunca do original. Já para não falar que azeitonas, das boas, são muito raras e extremamente caras.

Esta garrafinha é um presente dos deuses! Pena que não vá durar muito!

Saturday, September 15, 2012

Cama de gente crescida!

A nova Cama da Maria!
Mudou do berço para a cama, sem crises, antes pelo contrário, adorou.
Primeiro dia, só queria fazer "nanny" (tradução: ó-ó).
O problema era tirá-la da cama.

Até agora ainda só descobri vantagens nesta cama nova!
A minha preferida:
Acorda de manhã e entra sorrateiramente no quarto dos pais e diz: "Olá!" com um sorriso de orelha a orelha.


Friday, September 14, 2012

Wedding Dress

Fomos convidados para um casamento, até aqui nada de extraordinário, mas a Noiva pediu-nos que a Maria fosse a "Menina das Flores" ou a "Menina que segura o vestido".

É claro que nós dissemos logo que sim, primeiro porque ninguém nega nada a uma Noiva, segundo porque a Maria era a única criança que iria ao casamento e terceiro, porque a Mãe e o Pai adoram ter o rebento em momentos de ribalta.

Imaginei que comprar e vestir um vestido de casamento a uma Criança não teria arte ou ciência, mas estava completamente equivocada, pois tem muito que se lhe diga.

Fui à loja onde comprei o meu Vestido e escolhi o vestido mais simples que lá tinham, comprido, em tons pérola, com umas flores verdes na zona do peito (verde semelhante ao meu vestido, como cheguei à necessidade de irmos a combinar não sei, a idade e foleirice não perdoam a partir do momento em que virei Mãe de uma Menina que me enche os olhos).

Combinei levar a Maria à loja, na hora do almoço em que elas não tinham clientes ou noivas para evitar confusões.

A Maria viu o vestido e não teve qualquer reacção.
Despi-a para experimentá-lo nela e nada.
Assim que peguei no vestido para o enfiar cabeça abaixo, ela desatou a chorar, a espernear, a gritar, a reclamar, um ataque de histeria. Tive que o enfiar à força e a rapariga na loja teve que tirar as medidas a olho, porque tivemos que lhe tirar o vestido dois segundos depois do ter enfiado, ou dava-lhe um ataque naquela hora.

Pensei, mas será que o vestido tem um toque desagradável, ou pica, ou é feio e ela não gosta. Nada disso, o vestido é macio e delicado, e ela gostou de lhe tocar nas flores, mas vesti-lo é que não.

Pensei, talvez foi porque se despiu e vestiu pela primeira vez numa loja, em casa será diferente.
Uma vez feitas as alterações ao vestido, trouxe-o para casa para experimentá-lo, primeiro mostrei-lho e deixei-a brincar com as flores, a seguir despi-la, e no momento em que lho tentei enfiar, o ataque de histeria voltou no mesmo segundo.

Pânico, porque raio reage ela assim?
Mais uma vez tive que o vestir à força, para constatar que as alterações foram em demasia e o vestido estava justo. Na loja, aquando pedia para corrigirem o vestido mais uma vez, perguntei se já se tinham deparado com aquele tipo de reacções, resposta "Não, primeira vez".

A minha Mãe contou-me que quando eu era miuda comprou-me um vestido para ir a um casamento e que eu o detestei na hora e que por mais que o tentasse vestir-mo não conseguia porque eu não parava de chorar, foi o meu Pai que me salvou e disse, se ela não gosta, veste outra coisa. A minha Mãe ficou furibunda mas não teve alternativa.

Das duas uma, ou estou a pagar pelo que fiz à minha Mãe, ou estou a pagar pelo que lhe fiz.

Terceira prova, um dia antes do casamento a mesma história, não o consegui sequer vestir, nem à força.

Na minha cabeça:
"Se amanhã for a mesma história, o pai dela tem que me ajudar que eu não dou conta do recado, para fazer uma noiva feliz, a minha filha está a sofrer suplicios e eu feita parva insisto, eu que nem a visto assim, ever. Mas porque raio me meti nisto, que parvoíce com tantos vestidos bonitos que ela têm, fui eu gastar dinheiro nesta foleirice de "Menina das Flores", vou pôr outro vestido na mala e se ela chorar mudo-a de roupa imediatamente, não estou para isto.

Chegado o dia do Casamento, tomámos banho juntas, colocamos creme uma na outra, baton, tretas de gajas (que eu adoro partilhar com ela) e depois fomo-nos vestir.
Mostrei-lhe o vestido e pedi-lhe para levantar os braços, ao que obedeceu, enfiei-lhe o vestido, sem choros ou crises e apertei-o. E não é que ela começa a rodopiar com o vestido para lhe ver a roda.
Adorou e sentiu-se encantada, foi mostrá-lo ao Pai e tudo.

Eu não queria acreditar, estava à espera do fim do mundo e nada, toda a tarde e noite com o vestido, a brincar, a dançar e a rodopiar, felícissima como uma princesa.

Agora expliquem-me se for possível: para que raio foram aquelas crises constantes? o que mudou de um dia para o outro? o que mudou no vestido? o que é que aconteceu?

Será que a minha Menina de 21 meses já tem crises de humor como todas as Mulheres de 21 anos, não pode ser! Não! Que maluquice ser-se do sexo feminino!