Monday, November 26, 2012

Мила моя мамо


Derrete-me o Coração quando a Maria se põe a cantar e a dançar:

Мила моя мамо
сладка и добричка
как да кажа мамо
колко те обичам!

Tradução:
Minha Querida Mãe
doce e boazinha
como te dizer o quanto que te amo

Sabe tão bem!!

Friday, November 23, 2012

Waiting for "Superman"



Não posso dizer que nunca pensei no Futuro, mas antes de ser Mãe o Futuro tinha uma dimensão diferente. Quando via o Futuro à minha frente, ele era sempre mais imediato, mais presente, mais relativo e não tão fatalista, porque quando era só eu, era só eu, acontecesse o que acontecesse havia de me safar.

Agora não, o Futuro significa para mim como os meus filhos vão crescer, o que vão aprender, em quem se vão tornar e em como vão viver.
O Futuro significa tudo! Significa que eu não posso deixar acontecer o que tiver que acontecer, que eu tenho e quero lhes dar o melhor (mesmo que seja para lá das minhas possibilidades), que eu não posso fracassar e que tenho Medo (palavra que dantes não entrava no meu vocabulário).

Antes da Maria e do meu pequeno Todor que ainda está dentro de mim, também tinha uma imagem e conceito diferente das Instituições Públicas, nomeadamente das Escolas.

Sempre gabei a minha Escola Primária e Secundária, acho que tive uns quantos professores maravilhosos (uma professora de filosofia que nos entusiasmou tanto com o tema, que ninguém queria faltar às aulas, várias professoras de português que me faziam vibrar com o entusiasmo, um professor de matemática que nos desafiava todos os dias a querer ir mais longe do que o programa), mas tive outros que por amor de Deus, (um Professor de História cujas aulas consistiam na leitura dos apontamentos, sem levantar os olhos da folha, uma professora de inglês que dava erros a torto e a direito, quer na escrita, quer a falar).

Pequena Nota: o meu muito obrigado à D.Mercedes e à D. Emília, as minhas primeiras professoras, as melhores e as que me deram as bases para o resto do percurso.

Ora, hoje vejo o ensino público com outros olhos, procuro saber quais as taxas de insucesso, se chegam ou não a conseguir entrar na faculadade, e em que faculdades entram, observo os comportamentos das crianças de determinadas escolas comparadas com outras e penso se valerá a pena correr o risco. A conclusão é não, nos próximos 18 anos eu terei que ter a estabilidade económica para suportar a despesa de uma escola privada, para que eles tenham mais e melhores possibilidades de triunfarem no futuro (esta é a realidade aqui na Bulgária).

Ontem à noite assisti a este Documentário,  Waiting for "Superman" e confesso que me vieram as lágrimas aos olhos, nos Estados Unidos a qualidade do ensino público é mísera. Diversos factores, falta de fundos, professores sem talento, que a seguir à primeira hora de aulas que deram na vida, já nunca podem ser despedidos, mesmo que não façam absolutamente nada, escolas a abarrotar, crianças com problemas que não tem suporte ou apoio e que os professores não podem acompanhar, professores que mesmo que tenham boa vontade não conseguem combater o sistema e acabam por perder a motivação, salários limitados, não havendo incentivos para os melhores, sindicatos que me fazem ter vergonha de um dia ter achado que eles eram sempre benéficos para a sociedade.

Mas, no meio disto tudo, há escolas de sucesso, que combatem a muito custo a tendência deste tipo de ensino público, com professores que fazem verdadeiras obras de arte, com taxas elevadíssimas de sucesso, já que o lema é ninguém fica para trás.

Ora, são nestas escolas que todos os pais querem conseguir colocar os filhos, mas de acordo com a lei quando o número de candidaturas é superior ao das vagas, os acessos são determinados por lotaria.

Foi aqui que eu fiquei em estado de choque, não é o mérito, não é o esforço, não é a necessidade, é uma questão de sorte. Resultado quando entram, as crianças sentem-se bafejadas pela sorte, pela graça divina, quando não entram choram e ficam verdadeiramente frustradas. Ver uma Menina de cerca de 10 aninhos, que quer ser enfermeira, porque quer ajudar as pessoas, a chorar porque não entrou na escola que ela e os pais acreditam que lhe daria essa possibilidade é triste por demais.

Chorei também, com 10 anos tem a vida toda pela frente e já pensa que não vai ter a oportunidade para conseguir realizar os seus sonhos, porque o currículo nas outras escolas não lhe permitirá acesso à bolsa que precisa ou aos conhecimentos miníminos para entrar na Faculdade. Que sistema é este?

No incio do documentário, o realizador falava, tal como eu, como ele pensava que as escolas públicas eram boas, até ao dia em que teve que pôr os filhos na privada, contra os seus principios, mas que ele tinha sorte, agora imaginem os Pais que não conseguem suportar uma Privada, que não ganham na lotaria das melhores escolas.

Deixar que a vida de uma criança seja determinada por uma questão de sorte alarma-me, aterroriza-me, mas para quantos milhões de crianças não se trata disso mesmo, de sorte. Sorte de ter nascido num sitio onde não há fome, onde há boas escolas, onde as pessoas se amam.

Concordo com o final, não podemos esperar mais para mudar este sistema, temos que batalhar contra estas armadilhas, onde quer que estejamos, temos que ajudar as escolas a tornarem as oportunidades possíveis para todos e não só para uns.

Tuesday, November 20, 2012

Goodbye Dummy!!

Two days without Dummy!!
Not only during the night but also in the afternoon nap! :)
So no dummy at all!!
My girl does not ceases surprising me.

Dois dias sem a Chucha!
Já não é só durante a noite, agora também aquando da sesta! :)
Portanto já não a usamos de todo!
A minha Menina não deixa de me surpreender.

Monday, November 19, 2012

Memórias do fundo do Baú


Here is what I found out when cleaning my old Computer:


De: todor. [mailto:todor.zahariev@gmail.com]
Enviada: quarta-feira, 3 de Dezembro de 2008 15:17
Para: ana.                                                                                                       canaes.pt Assunto: at last I found you!


Hi Ana! Remember me? I sure hope so... We were together in Germany(cannot remember in which city because i am very excited that i found you!) 100 years ago. I often think of you and have missed you all these years. I hope this e-mail will not shock you and you will write back. I am in Rio de Janeiro right now but am going home tomorrow. I hope you are OK and i cannot wait for your answer. Take care.Kisses

De: todorxxxxxxxxxxxxxxxxxxx [mailto:todor.                                                                      ] Enviada: quarta-feira, 3 de Dezembro de 2008 15:50
Para: ana.lobato@xxxxxxxxxxxxxx                                                                              Assunto: P.S.

 

I forgot to mention that i tried to reach you thousands of times but did not succeed. I still have your address somewhere but do not know where... Do you Skype? if yes and you want to contact me - urban13rider is my nick. hope to hear from you. my heart is beating so fast... really happy to have found you. Kisses, Todor

It has been four years that you found me again. :)
It has been four amazing years and I just hope we will never loose each other again. :)
Love you!

Wednesday, November 14, 2012

Primeira Noite sem a Chucha!!

A Maria ainda  não tem dois anos, mas nós decidimos que havia chegado a altura de deixar a Chucha de lado, ou melhor, o Pai achou que deviamos tentar tirar a chucha para ver como ela reagia, pois já não era sem tempo.

Eu não estava muito convencida, mas nisto de ser-se Pai e Mãe, quando um acha que chegou à altura e o outro não tem argumentos de maior, há que levar a iniciativa como própria e levá-la a sério. (os peritos dizem que as crianças tem um sexto sentido para beneficiarem das situações em que não há acordo)

Temos feito assim desde o início e com tudo (só com as fraldas é que a Maria nos deu a volta e nós adiamos por falta de tempo e por causa da chegada do bébé, para mal das nossas finanças e para minha decepção que tinha definido um plano e não o cumpri).

Ora, a Maria só usa a Chucha em duas ocasiões, para dormir a sesta e à noite quando vai para a cama.

Desde Domingo que a deitamos na cama, sem lhe dar a chucha.
Damos-lhe não um, mas vários beijinhos de Boas Noites, um bocadinho de miminhos e saímos do quarto com um "Sonha com os anjinhos!".
Ora, desde Domingo que após esta rotina, que ela se levanta da cama (mais do que 3 vezes) à nossa procura e que nós repetimos o processo. Até que passada mais ou menos meia hora, chega o pedido, Mãmã, Chucha!.E nós cedemos! E ela adormece de imediato!

Ontem à noite, decidi que ela não havia de me dar a volta, quis ver até onde realmente vai a necessidade da chucha e como ela reagiria se ficasse mesmo sem ela.

Foi assim que ontem, depois de a ter deitado, me sentei no chão, à porta do quarto dela, aonde jantei, li a minha "Musa de Camões" e disse trezentas mil vezes, "Volta para a cama", "Agora Nanni!" (tradução: Agora Ó-ó-ó). Senti-me como se estivesse novamente a ensiná-la a dormir sozinha.

Demorou uma hora e vinte minutos, não chorou, pediu água umas 7 vezes, cantou todo o seu reportório, quer em búlgaro, quer em português, falou dos bichos e dos desenhos, repetiu sons, palavras ao acaso, gritou "Mãmã", resmungou "Mãmã", até que acabou por adormecer, levantou-se da cama não sei quantas vezes, mas correu de volta, sempre que me ouviu exclamar o aviso "volta para a cama". Não respondi aos apelos, apenas aos da água e a umas quantas "Mãmãs" para a acalmar e dar uns miminhos.

Mas passado aquele tempo adormeceu, sem nunca de facto ter pedido a chucha.

Será possível, que ao terceiro dia já tenha entendido que agora é a vez de dizer Adeus à Chucha, será que o dizer que a chucha agora é para o bébé que vêm aí tenha de facto um significado para ela.

De vez em quando perguntam-me a tua Filha percebe que vais ter um bébé, ao que eu respondo sempre, não sei, não tenho como saber, ela faz festinhas na barriga, dá beijinhos, mas porque nós lhe ensinámos a ser meiguinha para a barriga da Mãmã, aonde o Mano está a fazer Nanni, mas até que ponto ele o entende não tenho como saber.

Será que ela percebe? Será que ela sabe?

Nós Pais às vezes pensamos que os Filhos são super inteligentes, mas tem momentos em que pensamos que toda essa inteligência ainda não lhes permite perceber nada do Mundo. Será que não estamos errados?  Será que os sentidos e a inteligência da minha pequenina não lhe permitem já perceber o que está a acontecer com a Mãe, será que o conceito de bébé que se esconde na barriga da Mãe, afinal não é assim tão abstracto?

Ou será que ela afinal apenas não precisa da Chucha?

Sofia City - One must learn how to love it ...


And here it's how one can do it:


I also think that it's the perfect City to enjoy the retro/ vintage style that is proliferating all around the world. :)

Tuesday, November 13, 2012

A Lesson to remember!

A Lesson to remember!
A Lesson to the ones that only see the world through their cameras, tvs, computers, Ipads, Iphones and what not:


Please do change your perspective of the World!
Please do act when needed!

Friday, November 9, 2012

Rolos de Papel Higiénico

Quando cheguei à Bulgária, uma das primeiras coisas que fiz na nossa casa, foi pôr tudo a meu jeito, na ordem certa, re-arrumei quase tudo, a cozinha, a casa de banho, as gavetas, os armários...

Ao final dos 3 primeiros dias, já o meu Marido me perguntava, mas onde está isto, então e aquilo. Mas porque é que puseste isto aqui?

Depressa se arrependeu de me ter dado a possibilidade de eu arrumar as coisas como eu queria.

Hoje, acho que já se começa a habituar ao facto das coisas terem um poiso (como eu gosto de lhe chamar), sendo que já segue a lógica que eu iniciei.

O problema é que eu ainda não estou satisfeita, ainda não tenho as coisas organizadas como eu gosto, como eu imagino, ou quero (não sei se alguma vez o hão-de estar).

Ainda assim, acho que posso dizer que já faltou mais, sendo que já cheguei à fase da tralha que não é essencial mas da qual não me posso livrar, ou porque, não são minhas, ou porque seguem a lógica do "pode um dia fazer falta", aqui muito forte, por força dos anos de comunismo em que não se atirava nada, mas nada mesmo para o lixo.

Ora, como tenho que viver com elas, tenho esta necessidade terrível de pelo menos organizá-las.

Sendo que, um dos grandes problemas cá em casa, são os cabos. Temos uma quantidade incalculável de cabos de USB, de carregafores de telefones e câmaras, mais cabos disto e daquilo. Tralha que nunca mais acaba, a qual me irrita quer pela bagunça em que se encontra, no matter what, quer por ocupar um espaço que podia ser devidamente reaproveitado.

Assim quando há uns meses descobri isto:



pensei, ora aqui está a solução e até que é bem ecológica (até ele alinhou).

Assim andamos a collecionar todos os nossos rolos, só nunca imaginei é que demorasse tanto tempo para colectar a quantidade que preciso, sempre achei que gastávamos papel higiénico em demasia, mas afinal parece que não estamos assim tão mal.

Entretanto descobri mil e uma ideias giras de como reutilizar o papel higiénico e decidi partilhar algumas:










E para os mais pequenos:


(Todas as Imagens aqui publicadas foram retiradas da Internet)

Thursday, November 8, 2012

Dá-me vontade de chorar

As notícias que me chegam de Portugal são cada vez mais tristes, em todos os sentidos.

Já não me causa surpresa quando ouço falar de mais um corte aqui ou ali, outra manifestação, mais um que emigrou, menos não sei quantos postos de trabalho, emigrantes portugueses a viverem em condições de miséria como há mais de 40 anos, entre outras tantas coisas absurdas mas bem reais.

Mas a última que li deu-me vontade de chorar, tratava do assunto da Fome nas escolas.
Falava de como à segunda-feira, todos os pratos se esvaziavam como se as crianças não tivessem comido durante todo o fim de semana, falava de como directores e professores se têm sacrificado e desdobrado para lhes conseguir dar de comer. Descrevia como muitos não comem o pequeno almoço.

Dá-me vontade de chorar quando ouço os pais dizerem, eu posso não ter que comer, mas os meus filhos não hão-de passar fome, mas estas situações já não são as piores, as mais assustadoras são quando nem para os filhos há comida.

A mim custa-me quando a Maria não quer comer, fico preocupada. Mas não consigo imaginar a dor que deve ser para um Pai quando um filho chora por comida e este não tem para lhe dar.

Quando eu andava na Escola, nós levávamos o lanche, ou um pouco de dinheiro para comprá-lo na Cantina, mas aqueles cujos pais não podiam nem um, nem outro, tinham direito a senhas, e com essas senhas compravam o lanche e o almoço.
Ouço agora que há escolas sem pequeno-almoço! Pergunto-me se ainda dão as senhas, provavelmente não as há para todos. E para aqueles que não as têem, ou que têem vergonha de as pedir, será que passam o dia na escola com a barriga a fazer barulho, como se concentram, como podem estudar?

As nossas crianças estarem a passar por fome, nos dias de hoje, fere-me o coração, pensar na fartura que houve durante tantos anos, e nada, nada se economizou.
Sinto que voltámos aos tempos de pobreza em que os meus Avós viveram, ao tempo do racionamento, só que desta vez não por falta de comida (guerra), mas por falta de dinheiro e de boa vontade.

Não acredito que as nossas crianças estejam a passar fome, quando existe uma cambada de estupores a receberem balúrdios, a gastarem fortunas que não lhes pertencem.

Já não são apenas ladrões, são também assassinos de esperança e de valores!

Acho que já não posso mais recusar a acreditar-me, estão a matar Portugal, estão a acabar com o nosso futuro!

Wednesday, November 7, 2012

Happy Birthday! *2

Prontos, já não é só Moda, é também obrigatório e oficial!

Já não se fazem festas de aniversário em casa!

Este mês, duas festas de aniversário (Duas Meninas, uma de 1 ano, outra de 4 aninhos), ambas a terem lugar nos famosos Clubes para Crianças.

Só mesmo eu para não ir na corrente!

Pergunto-me qual será a reaccão dos outros quando disser que a Festa da Maria será em casa, apenas com a Família e amigos mais próximos e as amiguinhas com quem ela brinca (cerca de 4), com docinhos, decorações e prendas feitas em casa, por nós.

Certamente será um choque e irão achar piroso!

Mas não me importa, a Maria terá as amiguinhas que ela mais gosta para brincar com ela, até à exaustão, irá partilhar as prendas novas, dar prendinhas às Amigas, ouvirá histórias e cantigas dos mais velhos e correrá a Casa toda, enchendo-a de recordações.

Agora só faltam as receitas e as instruções do DIY para a Festa!!

Thursday, November 1, 2012

Indignada!

Vi hoje publicada no Público, a seguinte notícia:

 Embaixador de Israel diz que Portugal tem "uma nódoa" que os judeus não esquecem

E sinto-me verdadeiramente indignada.

Não quando o mesmo revelou que os judeus jamais vão esquecer que em Portugal se levantou a bandeira a meia haste pela morte de Salazar, mas quando o tal Embaixador de seu nome Gol confessou ter exortado o nosso Ministro da Educação a assinar "um acordo com o Governo de Israel para que "os professores portugueses aprendam a ensinar o Holocausto".

Bem, mas afinal quem é que manda aqui, somos nós, ou são eles.
Já nos bastou termos aderido à União Europeia e eles terem alterado os cursos universitários, de forma a que estes perdessem o seu valor, quer em Portugal, quer no Estrangeiro, mas que agora nos venham dizer o quê e como ensiná-lo, choca-me.

Ora, Sr. Embaixador, umas quantas verdades sobre o ensino português (dos meus tempos) para as quais o quero alertar.

1. Não me foi ensinado que Portugal hasteou a bandeira a meia haste pela morte de Hitler, soube-o anos mais tarde quando, por minha iniciativa e curiosidade, investigava sobre o assunto.
2. Mas ensinaram-me que no Holocausto foram perseguidos judeus, ciganos, intelectuais polacos, russos, e outros.
3. Também me ensinaram que Portugal teve um papel neutro durante a II Guerra Mundial, pelo qual os meus professores sentiam vergonha, até porque Portugal conseguiu encher os bolsos com algum ouro durante esse período. Aprendi, mais uma vez, mais tarde, porque o quis, que Portugal revelou-se ser um ninho de espiões de várias partes do Mundo, dado a este mesmo factor.
4. Na escola li pelo menos dois livros (O Diário de Anne Frank e o Mundo em que vivi, de Ilse Losa), que relatavam o que as pessoas viveram durante este período negro da história.
5. Na escola também aprendi que Cristo era de origem judia e que foram os judeus que não concordavam com a sua posição sobre Deus e o Mundo que o puseram na Cruz.
6. Também aprendi que os Judeus sempre foram perseguidos, muitos anos antes do Holocausto houve um período a nós ensinado como se chamando Inquisição, durante o qual por toda a Europa se perseguiram Judeus. Em Portugal ou se os assassinava ou se os assimilava, transformando-os em novos cristãos. Também se perseguiram outras pessoas com outras crenças e religiões (para quem não saiba).
7. Aprendi ainda que escravizámos, colonizámos, que guerreámos com os mouros para construir um país (um pouco como vocês).
8. Aprendi ainda como Israel se tornou uma nação e como ainda hoje se encontra em guerra.

Conclusão, aprendi que a história de Portugal tem muitas nódoas, mas aprendi também que tivemos grandes pessoas que combateram todos estes males, que fizeram a diferença, e que para lá de tudo isto alcançámos grandes feitos.

A História do Mundo foi-me ensinada de forma a que compreendesse que todas as Nações e Gentes têm grandes feitos e grandes nódoas e que todos devíamos agir com base no conhecimento da História, para que grandes erros não voltassem a ser cometidos.

Acrescento ainda que tenho muito, mas muito Orgulho mesmo em ser Portuguesa e terei sempre. Não aceito e não posso aceitar, que em tempos dificeís e criticos como o meu país atravessa, um Estrangeiro me venha dizer que temos que mandar os nossos professores ao país deles para aprender a história como por eles é contada, a qual por defeito revelará sempre e exclusivamente um único ponto de vista, o seu (esquecendo-se de tudo o resto, resto esse, que pelo menos no meu tempo também era ensinado).

Sempre tive muito respeito pelo povo judeu, pela sua história, pelo seu sofrimento e pela forma como sempre conseguiram vingar apesar de todas as vicissitudes que atravessaram, sendo que vou continuar a tê-lo. Mas sinceramente acho que o senhor está a precisar de licões não só de história universal, como de educação moral e religiosa e de diplomacia internacional.

Sinto-me indignada, esta, Sr. Embaixador tão depressa não a esqueço, mas não se preocupe, que daqui a nada já o perdoei, sabe, aprendi na Escola, que o perdão faz-nos sempre pessoas melhores, mas a si isso não ensinam, pois não?

Wednesday, October 31, 2012

Em Contagem Decrescente

Pois é começou..
Começou a contagem decrescente para as temperaturas negativas (como os -22°C. do ano passado).

Hoje conforme saí da garagem, o carro começou a apitar, tratava-se do aviso que a temperatura lá fora era apenas de 4°C.

Bem 4°C não é assim tão mau, mas menos de um minuto depois o carro já me alertava para que a temperatura era de 2°C.

Não acredito, dois apenas dois graus celsius às 8.15 da manhã, mas ainda não estamos em Novembro, estamos quase, mas ainda não estamos lá.

Acabou-se o Outono, chegou o Inverno, chegou o frio, chegaram as despesas de Inverno, o aquecimento (que ainda não ligaram, mas que com estas temperaturas, já não deve faltar muito), os pneus de inverno e as outras tantas de que agora não me apetece falar.

Thursday, October 25, 2012

Momentos de Mudança

Momentos de Mudança é a nova série documental da SIC.

De acordo com a informação no site da SIC, estes momentos "são aqueles instantes em que a vida muda para sempre. Pontos de viragem que são afinal partida e chegada a novos capítulos. Todos vivemos Momentos de Mudança".

Mas esta séria é muito mais do que isso, são retratos de pessoas que vivem na pele o que acontece no mundo, que batalham pela coragem de se fazerem à luta, de enfrentarem os desafios e as dificuldades.

São retratos de pessoas que não conseguem não chorar quando se emocionam, que não conseguem deixar de querer ser felizes.

Revi-me em todos os três episódios a que assisti.

No primeiro, aquando do parto do Duarte e a Mãe diz, mas isto não pode ser normal, e a enfermeira responde, acredite que é normal. Quando somos Mães pela primeira vez, passamos a vida a ouvir que tudo é normal, quando a nós mais nos parece que tudo é absurdo e impossível de acontecer.

Revi-me ainda na Alexandra, quando diz que tem muito orgulho nos pais. História incrivel a daquela família, que todos fossem unidas como a deles. Pessoas fenomenais que se amam, só isto devia contar.

Mas o que mais me marcou, foi a história do Vitor, que teve que fechar a fábrica que o Pai construíu e que foi o sustento de uma família, por vinte anos.
Custou-me testemunhar o ele dizer às trabalhadoras que já não há trabalho, que se acabou. Custou-me ainda mais perceber que ele não o soube fazer, mas que também não há forma certa para o fazer.
Admirou-me que ele soubesse reconhecer que também errou, que deveria ter diversificado, mas que não o soube fazer.
Fez-me chorar quando o vi falar com a Mulher e os filhos, pelo skype.
Dói tanto estar longe daqueles que amamos. Dói mesmo e não é só na alma, é também no corpo!
Nem quero imaginar o que um pai sente quando não vê os filhos crescer de perto, de ter uma vida longe de tudo o que se ama.
Fiquei extremamente emocionada quando o vi chorar, quando o vi abominar a ideia de emigrar, mas no fim não ter outra alternativa.
Fiquei triste quando vi que aquelas Mulheres, algumas apenas na casa dos 40, ainda não têm trabalho, porque na verdade não o há. Que há-de ser daquelas famílias, todas com filhos, uma com netos.

Retrato de uma realidade que me faz sentir que voltámos aos tempos dos meus avós, aos tempos da sardinha, essa nem vê-la, só quando o rei fazia anos, e era uma para todos (quase 7), carne era uma amostra que se usava em várias sopas, para dar o gosto.

Para mim esta série está-se a revelar um trabalho jornalístico e cinematográfico fenomenal.

Recomendo vivamente!
Aqui fica o link, para quem como eu, não pode ver em directo:



Tuesday, October 23, 2012

Combinação que só pode ser genial..


Sou grande fã de Hitchcock.
A minha irmã (6 anos mais velha) ainda hoje alega que a fobia que ela hoje tem de pássaros foi gerada por mim, que a obriguei a ver o fabuloso "Birds", simplesmente fabuloso em termos de thriller, suspense e em gerar terror, medo verdadeiro. Filmes simplesmente brilhantes, em termos cinematográficos.
Quem é que não conhece o Psycho ou o Rear Window?

Sou ainda maior fã de Anthony Hopkins, acho-o um actor brilhante, com uma voz...

Agora imaginem Hopkins playing Hitchcock = Combinação a não perder!!!

Para quando a estreia? Para quando?

Thursday, October 18, 2012

Happy Birthday ..


Não sei se em Portugal também já virou moda, talvez com a crise já tenha é caído de moda, mas por aqui o que está a dar é fazer festas de anos em Clubes para Crianças (sendo que estes espaços abrem e fecham constantemente)..

Basicamente contrata-se o espaço e os serviços do Clube, sendo que eles tratam de tudo.
O espaço (grande ou pequeno, bom ou mau) depende de quanto os pais querem gastar.
Mas normalmente estes sitios têem uma zona para crianças, uma espécie de playground fechado entre quatro paredes, cheio de brinquedos e piscinas de bolas, com uma ou várias câmaras de vigilância, e ainda uma zona de lounge para os pais se sentarem, a olhar para a televisão que transmite as imagens captadas pela câmara, a comer e a beber.. Os serviços incluem Animadoras, catering, bolo (opcional) e convites (a decoração é a própria do espaço).

Já fui a dois aniversários em dois espaços diferentes, tenho mais um este Domingo, ao qual não sei se vou (evento publicado em facebook, com lista de presenças e lista de prendas, mais não sei o quê and what not, soa-me a demasiado).

Acontece que eu não acho piada a estes sítios, primeiro, porque têm um horário limitado (começa às 3 ou às 4 e acaba às 6, ou 7 com um pouco de sorte), não interessa se os convidados se atrasaram ou não.
Depois é hora certa para tudo, em duas horas conseguem servir o primeiro lanche, o segundo lanche e o bolo (as crianças nem comem metade, quando chegam querem é brincar, sendo que duas horas só servem para isso mesmo, sendo que em duas horas nem sequer se cansam, querem elas lá saber de comer).
Depois não há verdadeiramente um tema associado à festa, a criança não participa na escolha, na decoração, não interessa a idade, a festa em si é tudo menos personalizada.
E nem tão pouco há uma interacção entre adultos e crianças, cada bicho em sua gaiola.

Consigo perceber a escolha, os pais têm menos trabalho na preparação da festa, não têm que fazer a comida ou escolher a decoração, não há bagunças em casa e a seguir nada fica por limpar, os restos levam-se para casa, já empacotados, juntamente com os presentes, esses já desembrulhados.

Mais a oportunidade de ter duas horas para conversar com os outros pais, sem ter que interromper a conversa, a cada 30 segundos com "cuidado com a cabeça", "deixa o brinquedo do João", "não mordas, só miminhos", "mas porque estás a chorar agora", "eu não te avisei para teres cuidado".

Mas eu acho que as festas de anos têm mais sabor em casa, com o cheirinho dos bolos, biscoitos, doces e salgados feitos pelas Mães, avós ou comprados na pastelaria favorita (mas escolhidos pela Mãe), com a decoração improvisada que fica sempre um pouco foleira, mas que considerou o herói ou brinquedo favorito.
Decoração na qual a criança fez as fitas ou ajudou a pôr as coisas no sítio e sentiu o entusiasmo de se preparar para receber os amiguinhos, onde aprendeu a partilhar os brinquedos e tenta proteger os favoritos de quaisquer estragos de mãos menos cuidadosas.

As festas de crianças significam bagunça autorizada e não deviam deixar de o ser.
Acho que deviam ser sempre recheadas de correrias, nos espaços que lhes são próprios, onde escolhem a música para dançar, onde os pais, avós e amigos são quem os vigiam, brincando com eles também, onde há um momento único onde todos se reunem para cantar "Parabéns a Você", onde não há estranhos a lembrar que já são 6 horas e que acabou, mas aonde todos vão ficando até cairem de exaustão.

Acho que isto enche uma casa para uma eternidade, fica lá dentro a recordação e fica também uma história, "A Niki perdeu a cabeça e eu não sei quem a levou", "Aquela parede ficou suja que nem com Cif sai, agora só na próxima pintura, ah mas espera não é só sujidade, ficou também sem um bocado", "nos meus anos, estiveram todos à volta desta mesa a cantar os parabéns só para mim", "oh mãe, aqueles biscoitos eram horríveis".

Mas não é só a casa que ganha uma recordação, a criança também aprende o que significa preparar uma festa que apesar de ser sua é sobretudo para ser partilhada com os amigos e família, aprende que antes de recebermos, damos um pouco de nós, e que a nossa Casa tem de estar sempre aberta para aqueles que nos são queridos.

Prontos, é isto, as festas da Maria, enquanto ela for Criança hão-de ser em Casa (isto porque é em pleno Inverno), a não ser que ela um dia me diga que prefere noutro sítio, se for na Rua, tudo bem, mas se for num destes sítios, ainda não sei o que lhe diga, terá que saber defender a sua escolha..

Pai de Menina e Menina do Pápá

Confesso que tenho uma adoração enorme pelo meu Pai..

Amo-o imenso e desde Menina que tenho medo de o decepcionar, sendo que sinto que fi-lo (pelo menos uma vez na vida), creio que me custou mais a mim, do que a ele, fiquei terrivelmente triste e com medo de já não ser a Menina do Pápá (isto quando já havia passado a casa dos 20)..

Quando engravidei pela primeira vez, quis muito que fosse uma Menina, não pelas roupas, vestidos, doçura...

O meu Marido não percebia porquê, para ele o que interessava é que viesse saudável, não interessava se era Menino ou Menina, mas apesar dele não o dizer, acho que ele gostaria de um rapaz..

Eu respondia-lhe uma menina era tão bom, sabes, é mais por ti do que por mim, as Meninas têm sempre uma adoração enorme pelos Pais, aos olhos delas não são só os melhores, são também extremamente únicos, os únicos que as entendem, os anjos protectores, as vozes da consciência, o homem da vida delas e por culpa do qual nenhum outro será tão bom..

Uma das relações (pais e filhas) com laços mais fortes que conheço, foi assim com a minha Mãe (que ainda hoje quando recorda o Pai, fica com uma saudade e uma lágrima no canto do olho (já lá vão 35 anos), foi assim com a Mãe do meu Marido e foi assim comigo..

Perguntava-lhe se ele conseguia imaginar, se ele conseguia entender, como sempre a reacção era um sorriso... (estava grávida tinha pelo menos que parecer empatizar com as minhas ideias para que as hormonas não disparassem raios e coriscos :) )

Depois a Maria nasceu e nasceu também esse Amor de que falo..

Um Amor que não têm palavras suficientes para se descrever..

Esta semana recebemos as fotos da Maria (aquelas que foram tiradas no dia do casamento, em que ela vestiu o vestido que inicialmente não queria mas que depois amou) e era ver o Pai, todo inchado e babado..

Só dizia, "my little girl", "she makes me so, so proud", "I'm so proud of her"..
Quando coloquei as fotos no facebook para os nossos amigos verem, ele só me dizia, porque é que não me identificas, mas eu já o fiz, reacção, só numa, prontos, prontos, tem calma que coloco um tag nas outras também.. (Cúmulo de Pai babado, depois disso revisitou as fotos pelo menos umas 300 vezes)..

O mais giro foi quando o meu Pai comentou as fotos e disse: "Vocês enchem-me de orgulho!"

Será que me entendem agora?

Friday, October 12, 2012

Não, não, não e não...


A fase do Não parece que não acaba nunca.
Uma das primeiras palavras que a Maria aprendeu a dizer foi não, calculo que seja por ter sido repetida, ao ínicio, com uma frequência alucinante e por ser a palavra pronunciada com mais força, autoridade e convicção.

Mas assim que aprendeu a dizer não, era não para tudo, não quando queria dizer não, não quando queria dizer sim ou talvez, ou quando não queria dizer nada (mas que por ser do sexo feminino se sentia na obrigação de dizer qualquer coisa).

Depois começou a falar, mas a falar mesmo e a coisa melhorou radicalmente, o vocabulário aumentou, o comportamento acalmou (se é que há crianças verdadeiramente calmas) e aprendeu a dizer trezentas mil coisas, que chega a ficar sem fôlego para dizer tudo o que quer (quem é que eu conheço assim?).

Sendo que, a determinada altura aprendeu a dizer "sim", ou melhor "da", que sim em português parece não lhe agradar tanto. E eu que penso sempre de mais, pensei, prontos a fase do não acabou finalmente.

Qual quê? Nós ainda não tínhamos era passado pela fase do não. Agora sim é que o Não é não.

A minha malandreca, que ainda não tem dois anos, diz não com mais autoridade do que eu, chegamos a casa e é ouvi-la dizer "Ai Não!", antes de nos irmos embora pedimos um beijinho e "NÃO", fazemos-lhe cócegas e "Não, não, não" (aqui a credibilidade é diminuta, já que este não é recheado de mil gargalhadas), acorda de manhã e diz "Bom dia", seguido de "não, não", bem a lista é interminável.

Ainda agora, enquanto escrevo este post, consigo vê-la, pelo canto do olho, a espreitar-me com curiosidade, mas assim que olhar que para ela vou receber um "não", ora aqui está ele a chegar aos meus ouvidos.

Só não diz que não para comer (graças a Deus), para comer recebo sempre um bom sorriso e um sim em búlgaro.

A minha pergunta é afinal quando é que acaba a fase do "Não" e será que acaba?

Wednesday, October 10, 2012

Girls have gone WILD..

Here at the office the Girls have gone wild.
They only talk about the amazing guy that gave a 22 year old girl the best first time of the world.
They only talk about how this does not happen to any girl.
And of course they only talk about sex.

Why I wondered? What happened?  What did I miss?
Who is this guy? 
Why the hell are they so excited about it? 
And why they look like as if they haven't been having too much to sleep?

Today at lunch I found it out.
There is no Man, there is no real sex, there is just a BOOK.

They are all reading the same book.
A book called The Fifty Shades of Grey.
An erotic book, which is a Trilogy with hundreds and hundreds of sex scenes that made every girl at the office to give up their sleeping hours just to read one more page.

According to them it's a book that makes you dream, not any kind of dreams, but the dreams that if your husband knew about them would be shocked and would probably ask for a divorce.

It seems that it's one of the world's best sellers, actually it has been classified as the fastest-selling paperback of all time, so I'm curious, I don't believe it will be one of the literature's master pieces, but one needs to bundle, so I'm going to join them on this one (just because you asked me too, you crazy girls).

Here is what I was able to find out:



"When literature student Anastasia Steele goes to interview young entrepreneur Christian Grey, she encounters a man who is beautiful, brilliant, and intimidating. The unworldly, innocent Ana is startled to realize she wants this man and, despite his enigmatic reserve, finds she is desperate to get close to him. Unable to resist Ana’s quiet beauty, wit, and independent spirit, Grey admits he wants her, too—but on his own terms.
 Shocked yet thrilled by Grey’s singular erotic tastes, Ana hesitates. For all the trappings of success—his multinational businesses, his vast wealth, his loving family—Grey is a man tormented by demons and consumed by the need to control. When the couple embarks on a daring, passionately physical affair, Ana discovers Christian Grey’s secrets and explores her own dark desires.
Erotic, amusing, and deeply moving, the Fifty Shades Trilogy is a tale that will obsess you, possess you, and stay with you forever." info copied from http://www.eljamesauthor.com/books/fifty-shades-of-grey

Mixing ou Misturando


A todos, os poucos, que me lêem, o meu pedido de desculpas, mas não consigo.

Não consigo não misturar, sei que uns dias escrevo em inglês outros em português e pelo meio ainda meto umas coisas em búlgaro..

Mas é dificil, falo todo o dia em inglês, só falo em português com uma criança que ainda nem dois anos fez (e que fala 1/3 em português 1/3 em búlgaro e um  1/3 numa língua que é só dela), quando saio à rua só uso o meu búlgaro, que é um autêntico ataque a toda e qualquer gramática e fonética, para além de que há cerca de um mês que o meu colega do lado esquerdo é um alemão, (o que me traz o deutsch das profundezas do cérebro) e o da direita só fala em francês (aqui nem pensar tirar o coelhinho do chapéu, não consigo gostar).

(Ontem uma espanhola, juntou-se à equipa, só para ajudar à festa que já vai na minha cabeça)

Já para não falar que há falta de livros em português, muita da minha leitura começou a ser em inglês (confesso que me faz comichão, gosto mil vezes mais de ler em português, mas não consigo deixar de ler, continua a ser o meu refúgio)

Acontece que eu escrevo muito como penso e como falo, sendo que, quase sempre, as minhas coisas escritas chegaram às pontas dos dedos na forma em que ocorreram na minha cabeça..
(Se a coisa me tirou do sério, as imagens escritas serão sempre em português, não consigo praguejar noutra língua)..

Por isso o meu sincero pedido de desculpas!

Thursday, October 4, 2012

Felicidade


“A felicidade não está no que acontece mas no que acontece em nós desse acontecer.
A felicidade tem que ver com o que nos falta ou não na vida que nos calhou.
Devo dizer-te que me não falta nada, quase nada.”

― Vergilio Ferreira, Em Nome da Terra


Wednesday, October 3, 2012

Salsicha, Sausage, Wurst

Desde que me lembro que como Salsichas.
Nunca me foi recusado um bom Hot-dog, um arroz de salsichas com legumes, ou sequer uns ovos com salsichas e ketchup. Adoro é simples e sabe-me sempre bem!

Quando me mudei para cá, numa das minhas primeiras idas ao supermercado, fui acompanhada do meu Marido, precisava de tradutor e ajuda não só para encontrar coisas simples como fermento, pimenta, gelatina (que até hoje não a encontro) como também para perceber que produtos eram bons e os que não o eram.

Numa dessas vezes, aquando parámos no secção da carne, perguntei se só havia aquela carne de vaca e nada mais (uns bifes feios e um lombo), resposta, "aqui a carne de vaca não é grande coisa e isto é de facto o que temos", entretanto já descobri outros sítios com um pouco mais de variedade e qualidade, mas ainda assim, falta-me um bom bife à portuguesa (tenrinho e mal passado).

Assim, à falta de carne de vaca, virei-me para a de porco, que há sempre com fartura, escolhi umas quantas coisas e quando pedi ao meu tradutor para pedir umas quantas salsichas, tal foi-me recusado com o argumento, que as salsichas por aqui são feitas de coisas horríveis e inimagináveis.

Assustada, não as comprei! E por muito tempo nem sequer as desejei!
Até que começámos a comer os cachorros de rua.
Um dia, desta vez sozinha no supermercado, olhei para as salsichas e pensei, se as comemos na rua, porque não podemos comê-las em casa, são tão rápidas e fáceis de cozinhar.

Foi assim, que da primeira vez fiz uns cachorros caseiros que o deliciaram, da segunda vez fiz um arrozinho de legumes e salsichas (como o da minha avó) que ele comeu e gostou. Devagarinho as salsichas entraram no Menu lá de casa.

Até a Maria come umas salsichas, até a minha pequenina gosta e grita, "sichas, sichas, sichas".

De vez em quando, lá o ouço contar a história, de que ele tem um amigo cujo pai trabalha no mercado da carne e sabe que as salsichas são feitas de tudo e mais alguma coisa (intestinos, sapatos de cavalo, carne da treta e o que não). O que eu faço, normalment é ouvir, dizer ok e assunto arrumado.

Até que ontem, uma gota de água fez explodir o saco.

Jantarinho de arroz de salsichas pronto, Maria sentada à mesa, a comer sozinha e com satisfação, quando a Sogra tocou à porta.

Primeiro fez cara feia quando viu a comida (Sogras, as Noras serão sempre péssimas na cozinha, até quando a Neta gosta mais da Sopa da Mãe, do que a da Avó), depois perguntou com cara de caso, que sopa verde era aquela, creme de espinafres (delicioso, mas a Neta comeu a sopa toda com satisfacção o que não deu lugar para criticas).

Assim que a Maria acabou de comer, ela aproximou-se do fogão e com a mão tirou uma salsicha para provar e perguntou: "Já provaste?","Porquê não estão boas?", "Estou-te a perguntar porque não sei se sabes, mas as salsichas daqui não são boas.", "já, já provei e gosto, mas não percebo o espanto ainda este fim de semana serviste salsichas ao almoço", resposta, "não eram salsichas, eram wurst", reacção "e wurst não são salsichas", "não propriamente", a conversa estagnou e o Maridão interviu com a conversa do amigo que o pai trabalha no mercado da carne.

Farta, cansada e com os nervos em franja de me criticarem pelas escolhas da comida, porque as minhas escolhas são sempre as más e as deles as perfeitas (e sinto-me só nesta guerra), lancei-me, não querem comer, não comam, salsichas sempre foram feitas de intestinos, não quero saber, eu como, nem que sejam feita de outras coisas.

Assim, a conversa acabou cada um foi à sua Vida e lá fiquei eu a arrumar a cozinha, quando a Sogra saíu pedi que quando ele tivesse alguma coisa a me dizer, o dissesse quando a Mãmã não estivesse por perto e a criticar-me.
Caldo entornado é claro!

Já me contou a história das salsichas, 300 mil vezes, porque raio teve que me contar naquele momento, aposto que o amigo da carne é amigo da mãe.

A coisa não é grave, mas porra para as salsichas, ou o próximo cachorro que comer me dá um orgasmo ou uma azia das grandes.

Quanto às salsichas lá por casa, não sei que faça?
Aceitam-se sugestões!

Entretanto para os interessados no assunto culinário, aqui feita o link sobre o assunto:http://en.wikipedia.org/wiki/Sausage

Smiling

This morning I opened my mail box and I had something waiting for me, something to make me smile:


Interesting Facts:
This "flash mob" happened in 2012, it was created by young people from Moscow, who decided to dance to an "83 year old" "american song", written by a Russian born American-Jew, whose last name is the capital of Germany (Irving Berlin).

What the people are screaming, at the end,  is similar to what they shout at bulgarian weddings:
"горчивo, горчивo"
literally translated means bitter, but what they just want is for the Bride and Groom to kiss!

Tuesday, October 2, 2012

Este não posso perder


Sim, sou casada!
Sim, estou mais uma vez a bater no tema dos relacionamentos e como fazer uma relação entre duas pessoas que se amam, resultar e perdurar no tempo, no matter what.
Ainda assim..
Se não o fosse, se ainda estivesse solteirinha, acho que este filme me cativaria da mesma forma.
Não interessa, não o quero perder.
Calculo que seja apenas mais uma daquelas comédias românticas, só que também são essas que me fazem sorrir durante hora e meia, deixando-me a sonhar durante mais uns minutos. Acho que isso vale sempre a pena e para mais esta é com a Meryl Streep.

Friday, September 28, 2012

In the meanwhile...

In the meanwhile I'll finish reading my Elif Shafak's book:


The Critics aren't far from the truth:

"An astonishingly rich and lively story of an Istanbul family... Handled with an enchantigly light touch.", Kirkus Reviews
"Wonderfully magical, incredible, breathtaking... Will have you gasping with disbelief in the last few pages.",
Sunday Express
"A beautiful book, the finest I have read about Turkey"
Irish Times
"Engrossing", Daily Telegraph
"Shafak's writing is seductive; each chapter of her novel is named for a food, and the warmth of the Turkish kitchen lies at the center of its wide-ranging plot."
Jennifer Gerson, Elle
"Quite an exceptional literary feast."
Ariel Dorfman
"Beautifully imagined..... It is Shafak's vibrant language that drives the characters."
Chicago Tribune
"In a better world, Turkish writer Elif Shafak would get more attention for her zesty, imaginative writing and less for the controversy politics stir up. A lively look at conteporary Istanbul and family through the eye sof two young women, one Turkish and one Armenian American."
USA Today

I would just add that if you know a little of the Turkish cuisine, you will definitely feel the smells and the desire to eat every single dish the Kazanci women serve on that dinner table.


Men Are from Mars, Women Are from Venus

A friend of mine is currently reading the famous book, "Men Are from Mars, Women Are from Venus: The Classic Guide to Understanding the Opposite Sex", by John Gray.

According to Amazon's description, you will:
"Rediscover the most famous relationship book ever published. Once upon a time Martians and Venusians met, fell in love, and had happy relationships together because they respected and accepted their differences. Then they came to Earth and amnesia set in: they forgot they were from different planets."

I'm wondering if I should or should not give it a try.
Normally I do not read "self-help" or "guides to improve ...", but I'm thinking if it would or not help me to live better and more peacefully with the differences among us.

My friend says it's a funny book, that she recalls occurences in her daily life with her husband when she reads the experiences from other couples and enjoys checking his and her perspectives of what happened.

But if the book is on the right track, it also means that it's not only the men that are all alike, but also the women, which would destroy our evergreen confort sentence to a girlfriend when a man acts like a jerk, "men are all alike", wouldn't it?!

Maybe out of curiosity and because one can never know, I should give it a try.

(Thinking though!! The right book for me should be: "Men who are from Bulgaria, Women who are from Portugal")

Thursday, September 27, 2012

Devaneios: Outros Mundos!

Lembro-me duma noite de Outono, chegar a casa do trabalho e comunicar aos meus pais de forma abrupta que ia viver para a Andorra.
Assim vindo do nada, ía emigrar!
Não me lembro porque escolhi Andorra, só me lembro que esse era o meu primeiro destino e que não tinha absolutamente nada planeado.

Subi as escadas e a chorar, comecei a fazer as malas.
Não tinha a mais pequena ideia do que pôr na mala, só sabia que o meu carro (um peugeot 206) ía comigo para onde eu fosse, esse não ía ficar para trás.
Com  vinte e poucos anos sem saber o que fazer da minha vida, só tinha uma certeza que tinha de fugir daquele mundo que me rodeava, do trabalho, da minha família e sobretudo dos Homens que me fustigavam o coração.

O grande motivo, por detrás da minha decisão, foram os Homens.
Os Homens por quem, na altura, me sentira loucamente apaixonada, um em especial, com um outro ainda presente, mas sempre muito longe.
Não aguentava a força do tsunami de emoções que me avassalava e decidi que o melhor era fugir para um sitio longe de todos, daqueles que me amavam, daqueles que eu amava e daqueles que não me suportavam e fingiam gostar de mim.

Estava cansada de tentar viver à altura duma vida que nunca quis que fosse minha.

Lembro-me que os meus pais ficaram a chorar, em estado de choque, mas que uma hora depois do comunicado, falei com alguém que me disse para esperar mais um pouco. E eu acabei por esperar e não fui a lado nenhum.

Os meus pais perturbaram-se, pensaram trinta mil coisas, que eu devia andar na má vida, que estava a passar por mais uma fase. Durante as semanas que se seguiram tentaram manter um ambiente calmo em casa para evitar novas sessões ou ideias.

Mal sabendo que anos mais tarde estariam de facto, num aeroporto, a dizer-me Adeus, pois havia decidido partir para uma terra e vida totalmente novas, só que desta vez apoiaram-me, tristes mas mostrando que estavam comigo. (mais uma vez a partida deveu-se a um Homem, só que desta vez ao da minha vida)

Quando parti, os meus amigos ficaram todos por lá, ainda as coisas não estavam tão más como agora. Acontece que entretanto muitos partiram, uns por amor, outros por terem oportunidades únicas noutros sítios e uns à procura de sorte, a qual o nosso país não parece bafejar ninguém.

Hoje, ganhei noção que não é só de Portugal que se foge, também se parte daqui, também daqui se parte à procura de melhor,

Eu sempre senti o desejo de partir, de correr o Mundo, de viver noutros sítios, mas confesso que não me imaginei partir do meu país, para me vir enfiar noutro, do qual não pareço sair ou vir a sair.

Sei que a minha vida mudou, que estás prestes a mudar, que daqui a alguns anos as coisas vão ser diferentes (com as crianças mais velhas). Ainda assim, quando vejo os outros partirem para destinos e mundos que tanto me atraem, não consigo deixar de sentir uma certa pena de eu não partir com eles.

Já conheci dois portugueses, um que viveu aqui 3 anos e que agora partiu com a família para o Reino Unido, e um outro que viveu aqui mais ou menos 6 anos e está prestes a partir para um destino mais exótico (confesso achar o destino perfeito). Conheci ainda outros estrangeiros que ficaram por aqui alguns anos, mas que acabaram por partir para outros sítios.

Eu vim para aqui por um motivo, mais do que suficiente, mais do que especifico, mas não consigo sentir que queira viver aqui até morrer. Essa ideia assusta-me, a de ficar aqui até ser velha, velha de mais.

Confesso que sonho, sonho muito com outros mundos que não este, que não Portugal.

Destinos de eleição neste momento seriam:
Brasil e Austrália
Aqui acho que viveria um pouco melhor com a cultura, com os hábitos e é claro com o clima.

Mas sinto que este sonho, este desejo é só Meu! Eu e Ele nem sempre partilhamos dos mesmos sonhos, mas talvez aqueles que partilhamos, aqueles que temos em comum, sejam os que de facto interessam..

Tuesday, September 25, 2012

Детски панаир - Feira para Crianças


Este fim de semana houve uma feira para crianças, no centro de Sofia. Apesar de se chamar feira, não teve carrinhos de choque, montanhas russas ou qualquer carróssel.
Tratou-se de uma feira cujo tema central foram as artes e a criatividade.

Montaram, por todo o lado, diversas tendas, onde as crianças podiam aprender a fazer flores de papel, velas de cera, bonecos de tecido ou a usar meias para criar monstrozinhos.
Para além de que podiam ainda dedicar-se a experiências cientificas com as coisas do dia-a-dia, ou então experimentar tocar diferentes instrumentos musicais.
Mas não se ficaram por aí, criaram ainda um peddy paper para crianças e pais, fazerem a qualquer hora e colocaram um camião dos bombeiros aberto para curiosos o visitarem (era ver os pais na fila com mais ansiedade que os filhos).

A Maria não pôde fazer nenhuma destas actividades, mas teve direito a que lhe pintassem a mão com henna. Andou meia hora com a mão esticada para poder mostrar a pequena flôr (é mais menina do que eu alguma vez fui).

Mas o topo do "nosso" evento foi quando chegamos junto do Palco, onde as crianças dançavam como quisessem ao som da música que o DJ lá ía escolhendo.

Os primeiros dois minutos da Maria, no palco, foram passados a observar e a observar.
Até que os ouvidos dela despertaram para o som da música, momento em que o rabinho, as pernas, a cintura e os bracinhos começaram a abanar freneticamente, em pura euforia (doida por festa, está-lhe nas veias, adoro um bom forró-ba-dó, mesmo que seja foleiro).
De seguida umas meninas mais velhas aperceberam-se da Maria e de imediato vieram ter com ela, seguraram-lhe nas mãos e fizeram uma roda. Era ver a Maria sorrir, com um sorriso de felicidade e alegria (que me fez sentir babadérrima).

Foi assim que dançou, dançou e apesar de não se saber baixar e levantar como as outras meninas que já sabiam as músicas, lá as tentou acompanhar de forma muito trapalhona.

Até que vindo do nada, veio um rapazinho ter com ela, tirou-a da roda e disse:
"Anda vamos dançar, só tu e eu!"
Quando as outras meninas tentaram dar-lhes as mãos, ele afastou-as e disse, "não só eu e ela"

Nem dois aninhos têm e já é super requisitada!
Vou ter muito trabalho com a minha Maria, ai vou, vou! :)

Friday, September 21, 2012

Аламинут - Alaminut


Next Sunday, I'll be meeting the people behind the scenes!
Let's see what happens!

Thursday, September 20, 2012

If I ever have to give up to the touchscreen world...


If I ever have to give up to the touchscreen world this will be how I definitely will do it...
(Confession: I'm a bit scared of the "new world" technology)

Wednesday, September 19, 2012

Azia e Cabelos

Quando estava grávida da Maria, nos últimos 3 meses, passava mais de metade do dia com azia.
Uma sensação constante de um fogo a subir pelo esôfago até à boca, sendo que nada ajudava, nem pão, nem água, nada.

A minha Avó que tem 80 anos, passou o tempo a dizer, "A menina vai ter muito cabelo, vais ver isso, é por causa do cabelo".

Conversas, mas verdade seja dita que a Maria nasceu com bastante cabelinho (e até me lembro que numa das ecos parecia que conseguiamos ver o cabelo).

Desta vez tenho azia, desde o quinto mês, acordo pela manhã a sinta-la e deito-me com ela, só não a sinto durante a noite e apenas quando estou a dormir, de resto é constante e forte, não é um fogo, é um incêndio de chamas.

Se a minha querida avó têm razão, o meu menino vai nascer cabeludo, com resmas e resmas de cabelo.
Só espero que seja cheio de caracóis, como o Pai.

(Ainda hoje não gosto, quando as amigas lhe passam a mão pela cabeça, para lhe sentir os caracóis, mas que posso eu fazer, são irresistiveis)

Monday, September 17, 2012

Primeiro Dia de Escola (първия учебен ден)

Há três anos que vivo na Bulgária!
Há três anos que ouço o entusiasmo, as vibrações e as músicas do primeiro dia de escola!

Que ouço e assisto da minha janela à cerimónia oficial. É deveras uma verdadeira cerimónia, não é apenas chegar, deixar os miúdos na escola, beijinhos e boa sorte, é também o momento para discursos de votos de sucesso, de bem vindos para os estreantes, de cantarem, dançarem e é claro comerem. Aulas não sei se as há!

Mas fico sempre arrepiada quando a determinado momento da cerimónia, professores, pais, alunos e amigos cantam em uníssono o hino da Bulgária, um hino dedicado ao que têm de bom e ao que devem preservar!

Eu andei em escolas públicas, a minha vida inteira, nada de colégios especiais ou outros que tais, e não me lembro de cantar o hino no primeiro dia de aulas, ou noutra data de especial, lembro-me que o tinhamos de estudar, mas apenas porque era suposto sabermos-o e não porque o tivessemos de cantar.

Acho que devíamos recuperar este hábito, o de cantar o hino!

Outono



Está a chover e o frio chegou com a chuva.
Cá por casa já andamos todos de pantufas, fatos de treino e pijamas compridos.
Mais uns dias e toca a pôr os edredons nas cobertas!

O fim de semana foi passado em casa, na cozinha entre leites de chocolate, farinha, ovos e açúcar. Tornamo-nos fãs da receita de queques que encontrei, pelo menos Eu e a Maria, porque o Pai devorou foi o salame de chocolate!

Por aqui não se saltam as estações do Ano e o Outono chegou em força!

Bem-vindo! (Mas por favor não tragas já o Inverno!)

Sunday, September 16, 2012

Azeite


À conversa com o meu Vizinho italiano, descobrimos que nos seus tempos livres o mesmo dedica-se à produção de azeite, lá pelas terras da Toscânia.

Diz que não faz dinheiro disso, consegue apenas cobrir os custos, mas que lhe dá um gozo imenso.
O azeite é só para ele, para a família, amigos e ocasionalmente vizinhos.

Ofereceu-nos então esta pequena garrafinha de azeite, que é deveras uma delícia, sabe a azeite verdadeiro, daquele que se tira a rolha e fica tudo a cheirar a azeite, um pouco picante, mesmo bom para molhar o pão.

Que saudades do azeite que o meu pai comprava todos os anos na terra, tinhamos azeite do bom todo o ano, com direito a assistirmos à sua produção e tudo!

Há três anos que só consumo azeite industrial de prateleira, compro-o caro, mas não deixa de ser industrial, ora grego, ora italiano, mas nunca do original. Já para não falar que azeitonas, das boas, são muito raras e extremamente caras.

Esta garrafinha é um presente dos deuses! Pena que não vá durar muito!

Saturday, September 15, 2012

Cama de gente crescida!

A nova Cama da Maria!
Mudou do berço para a cama, sem crises, antes pelo contrário, adorou.
Primeiro dia, só queria fazer "nanny" (tradução: ó-ó).
O problema era tirá-la da cama.

Até agora ainda só descobri vantagens nesta cama nova!
A minha preferida:
Acorda de manhã e entra sorrateiramente no quarto dos pais e diz: "Olá!" com um sorriso de orelha a orelha.


Friday, September 14, 2012

Wedding Dress

Fomos convidados para um casamento, até aqui nada de extraordinário, mas a Noiva pediu-nos que a Maria fosse a "Menina das Flores" ou a "Menina que segura o vestido".

É claro que nós dissemos logo que sim, primeiro porque ninguém nega nada a uma Noiva, segundo porque a Maria era a única criança que iria ao casamento e terceiro, porque a Mãe e o Pai adoram ter o rebento em momentos de ribalta.

Imaginei que comprar e vestir um vestido de casamento a uma Criança não teria arte ou ciência, mas estava completamente equivocada, pois tem muito que se lhe diga.

Fui à loja onde comprei o meu Vestido e escolhi o vestido mais simples que lá tinham, comprido, em tons pérola, com umas flores verdes na zona do peito (verde semelhante ao meu vestido, como cheguei à necessidade de irmos a combinar não sei, a idade e foleirice não perdoam a partir do momento em que virei Mãe de uma Menina que me enche os olhos).

Combinei levar a Maria à loja, na hora do almoço em que elas não tinham clientes ou noivas para evitar confusões.

A Maria viu o vestido e não teve qualquer reacção.
Despi-a para experimentá-lo nela e nada.
Assim que peguei no vestido para o enfiar cabeça abaixo, ela desatou a chorar, a espernear, a gritar, a reclamar, um ataque de histeria. Tive que o enfiar à força e a rapariga na loja teve que tirar as medidas a olho, porque tivemos que lhe tirar o vestido dois segundos depois do ter enfiado, ou dava-lhe um ataque naquela hora.

Pensei, mas será que o vestido tem um toque desagradável, ou pica, ou é feio e ela não gosta. Nada disso, o vestido é macio e delicado, e ela gostou de lhe tocar nas flores, mas vesti-lo é que não.

Pensei, talvez foi porque se despiu e vestiu pela primeira vez numa loja, em casa será diferente.
Uma vez feitas as alterações ao vestido, trouxe-o para casa para experimentá-lo, primeiro mostrei-lho e deixei-a brincar com as flores, a seguir despi-la, e no momento em que lho tentei enfiar, o ataque de histeria voltou no mesmo segundo.

Pânico, porque raio reage ela assim?
Mais uma vez tive que o vestir à força, para constatar que as alterações foram em demasia e o vestido estava justo. Na loja, aquando pedia para corrigirem o vestido mais uma vez, perguntei se já se tinham deparado com aquele tipo de reacções, resposta "Não, primeira vez".

A minha Mãe contou-me que quando eu era miuda comprou-me um vestido para ir a um casamento e que eu o detestei na hora e que por mais que o tentasse vestir-mo não conseguia porque eu não parava de chorar, foi o meu Pai que me salvou e disse, se ela não gosta, veste outra coisa. A minha Mãe ficou furibunda mas não teve alternativa.

Das duas uma, ou estou a pagar pelo que fiz à minha Mãe, ou estou a pagar pelo que lhe fiz.

Terceira prova, um dia antes do casamento a mesma história, não o consegui sequer vestir, nem à força.

Na minha cabeça:
"Se amanhã for a mesma história, o pai dela tem que me ajudar que eu não dou conta do recado, para fazer uma noiva feliz, a minha filha está a sofrer suplicios e eu feita parva insisto, eu que nem a visto assim, ever. Mas porque raio me meti nisto, que parvoíce com tantos vestidos bonitos que ela têm, fui eu gastar dinheiro nesta foleirice de "Menina das Flores", vou pôr outro vestido na mala e se ela chorar mudo-a de roupa imediatamente, não estou para isto.

Chegado o dia do Casamento, tomámos banho juntas, colocamos creme uma na outra, baton, tretas de gajas (que eu adoro partilhar com ela) e depois fomo-nos vestir.
Mostrei-lhe o vestido e pedi-lhe para levantar os braços, ao que obedeceu, enfiei-lhe o vestido, sem choros ou crises e apertei-o. E não é que ela começa a rodopiar com o vestido para lhe ver a roda.
Adorou e sentiu-se encantada, foi mostrá-lo ao Pai e tudo.

Eu não queria acreditar, estava à espera do fim do mundo e nada, toda a tarde e noite com o vestido, a brincar, a dançar e a rodopiar, felícissima como uma princesa.

Agora expliquem-me se for possível: para que raio foram aquelas crises constantes? o que mudou de um dia para o outro? o que mudou no vestido? o que é que aconteceu?

Será que a minha Menina de 21 meses já tem crises de humor como todas as Mulheres de 21 anos, não pode ser! Não! Que maluquice ser-se do sexo feminino!